Mulher dopa filho de sete anos com remédios e joga corpo do menino em rio
Policial
Publicado em 31/07/2021

Uma mulher foi presa após dopar o próprio filho de sete anos com remédios e jogar o corpo do menino em um rio, na cidade de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A prisão ocorreu na sexta-feira (30). Segundo informações, a vítima era submetida a intensa tortura física e psicológica.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Antonio Carlos Ractz, em depoimento à polícia, a mulher confessou o crime. De acordo com a Brigada Militar e a Polícia Civil, a mulher teria ido até a Delegacia de Polícia de Tramandaí na noite de quinta-feira (29) para registrar que o filho estava desaparecido há dois dias, em Imbé.

“Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA de Tramandaí, afim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC”, diz o delegado.

Após o registro foram feitas buscas na casa da suspeita. No local, a polícia encontrou uma mala que teria sido usada para transportar o corpo do menino até o local onde ele foi jogado, no Rio Tramandaí, na divisa entre Tramandaí e Imbé. Segundo Ractz, a mulher informou que na noite do crime, quarta-feira (28), administrou medicamentos para a criança, e não tendo convicção de que estava morta, decidiu ocultar o corpo. 

“Pra fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto”. O Corpo de Bombeiros faz buscas pelo corpo do menino. “Nossa principal medida agora é localizar o cadáver”, diz o delegado.

A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado, com agravante por ocultação de cadáver. De acordo com a polícia, a situação da companheira está sendo analisada porque ela seria autista. O delegado destaca que a criança sofria tortura física e psicológica por parte da mãe. 

“O que já tá claro e nós vamos confirmar durante as investigações é que a criança vivia sobre intensa tortura física e psicológica. Era desnutrida, embora tivesse matriculada na escola, não tinha amigos, não frequentava lugar algum, era trancada em um cômodo da casa, posta de castigo, trancada amarrada dentro de um roupeiro”, finalizou o delegado. 

Em depoimento, a mulher teria alegado que o filho era fruto de um estupro.

 

Fonte: CLICRDC

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